sexta-feira, 13 de abril de 2012

Los Roques - Uma Visão Atual do Paraíso.

         
         
          Acabei de voltar de Los Roques, na Venezuela, e quero dividir com vocês tudo o que vivemos antes, durante e depois de voltar de Los Roques. Mas uma coisa é certa, nem que você leia tudo o que puder, veja muitas fotos e filmagens do lugar, nada vai te dar a sensação e a amplitude do que é estar lá e ver a natureza daquela maneira, cada ilha com cores de mar diferentes, vale a pena cada minuto de planejamento, vale a pena estar lá. É inesquecível. Vamos lá!

Os Preparativos

          Tudo começou em uma madrugada do mês de dezembro, quando encontrei uma promoção de milhas da TAM em que havia o trecho Foz do Iguaçu - Caracas por 4000 milhas e lembrei de Los Roques, cujas matérias comecei a ler fazem uns 5 anos. Consultei as datas e marquei a viagem à Caracas: seria 13 a 21 de março de 2012. Pronto, estava dado o primeiro passo.
          Os dias que se sucederam foram de muitas leituras em blogs e matérias na internet, consultas de hotéis em Caracas, pousadas em Los Roques, preço do teco-teco, passeios a fazer, enfim, tem muito material para estudar antes de ir para lá, e é este o perfil de público que encontramos lá.
          No começo de janeiro em uma festa que fomos, encontramos uns amigos, a Luciana e o Alexandre, comentei com ela da nossa viagem e fomos consultar as promoções de milhas. Para o trecho de ida ainda tinha, para a volta não. Mas daí a Gol tinha entrado em promoção, acabei trocando o trecho da volta que era TAM pela GOL(por 6000 milhas), e decidimos voltar juntos, no dia 20, pois como o horário de saída do voo da GOL é 22:35, seria menos arriscado sair de Los Roques e no mesmo dia embarcar para o Brasil.
          Depois de muito ler e pesquisar, entrei em contato com algumas pousadas, e acabamos optando pela Guaripete. A diária por pessoa é de U$ 120,00, com pensão completa e passeio às ilhas próximas.
          Pelos horários atuais dos voos, não tem como ir à Los Roques e não pernoitar em Caracas. Ao iniciar as buscas, os preços assustam e as notícias de lá, mais ainda. Tanto que desisti de fazer o city-tour na capital venezuelana. Foram tantos relatos de abordagens, assaltos, que pedi à Pousada Guaripete se eles indicavam um hotel para pernoite no dia da chegada. Esta pousada conta com uma Agência de Viagens no aeroporto, a Roquemar, e nos indicou o Hotel Chipis Beachs, então acabamos fechando tudo com eles: a estadia em Los Roques, os voos Chapi-air e a pernoite em Caracas com traslados já inclusos.
          Efetuei o pagamento via pay-pal, metade do valor de tudo para garantir as reservas. O restante poderia ser pago na chegada à Los Roques, porém, uma semana antes do embarque, paguei a diferença via paypal para não levar tanto dinheiro na viagem.
          As malas eu fiz na noite anterior à viagem, pois quanto maior o tempo, mais coisas eu coloco, então deixei para arrumar na última hora. Se você não quiser parar excesso no teco-teco, são permitidos apenas 10kg de bagagem por pessoa, então se você não sabe arrumar malas levando poucos itens, indo para Los Roques tem que aprender. E não é necessário muita coisa, pois as ruas são de areia, então um chinelo e uma rasteira para mim foram suficientes, além de biquínis, cangas, shorts e blusinhas ou vestidinhos para o jantar e só. Tudo pronto...


Chegou o grande dia

          Acho que nem dormi naquela noite. Um pouco pela expectativa, outro por causa do horário do nosso voo. Temos que embarcar em Foz do Iguaçu para ir à São Paulo, como o voo era às 6:00 e moramos à 60km do aeroporto, levantamos às 3:30. Chegamos em Guarulhos às 7:35 e tivemos que esperar até às 14:30, horário do voo para Caracas.
          Após muitas horas de espera embarcamos no voo da TAM.  Saímos às 14:25 e o horário de
chegada foi 18:55 horas. Há 1:30h de diferença no fuso horário do Brasil com a Venezuela. Lá é 1:30h
a menos do que aqui. Sempre tive curiosidade em ver a diferença entre o serviço da TAM e da GOL em voos internacionais, e como iria de TAM e voltaria de GOL, tirei uma foto da comida quente que nos serviram na TAM. Na verdade, ninguém gostou, mas pelo menos era quente. Serviam ainda vinho, whisky, cervejas, água, sucos e refrigerantes.





          Chegamos ao aeroporto de Caracas e foi tudo muito tranquilo na imigração.
          O aeroporto estava bem vazio, mas haviam alguns cambistas que vieram interrogar-nos, dissemos que não queriamos efetuar câmbio.
          Nos dirigimos à Agência de Turismo Roquemar para nos informarmos à respeito do transfer para o Hotel Chipis Beachs (http://www.hotelchipisbeachs.com/). Eles nos encaminharam ao taxista do transfer e aproveitamos também para trocar 150,00 dólares a 7,50 bolívares. Nós quatro ficamos com muito medo no caminho, o hotel não fica muito longe do aeroporto, mas devido ao horário, havia bastante congestionamento e o motorista pegou um atalho por um lugar nada agradável e não desgrudava do celular, dizendo aonde estava passando. Para nosso alívio, avistamos o hotel e logo o motorista parou em frente.        
          Como na época em que fomos o hotel não tinha site, não havia nada na internet, gostamos muito do hotel à primeira vista, pois havia lido bastante sobre o Catimar, cujas resenhas eram bastante negativas.
O quarto na verdade não possuia janela, somente o banheiro, então havia cheiro de mofo, mas era bem limpinho, tinhas ar split, cama boa e banheiro bom. 



Nosso quarto no hotel



Banheiro do quarto


Corredor do segundo andar


          Guardamos as bagagens no quarto e descemos para jantar. Pegamos o menu do restaurante do hotel e optamos por um sanduíche, club house. Não sei se estávamos com muita fome, mas estava delicioso.


Club house do Chipis Beachs

          Nosso voo para Los Roques era às 9:00 horas então lá pelas 7:00 tomamos um café, suco e sanduíches no hotel e fomos ao aeroporto. No trajeto o motorista pediu qual aeroporto seria. A Luciana respondeu rapidamente que era o auxiliar, fiquei meio na dúvida mas não falei nada. Havia lido que haviam 3 aeroportos, o internacional, o nacional e o auxiliar. Chegamos ao aeroporto auxiliar e nosso voo com a Chapi-air não saia daquele aeroporto.
          Pedimos informações e saímos correndo com as malas e mochilas, acho que percorremos uns 500m de um aeroporto a outro. Chegamos a tempo no aeroporto nacional, efetuamos o check-in e aguardamos pouco tempo.

Aeroporto Nacional

O nosso voo seria num Chapi-air de 14 lugares. Câmeras fotográficas a postos, decolamos rumo à Los Roques.


No teco


          No início, dá um pouco de medo, os aviões que fazem o trajeto são bem velhos. Para quem prefere um avião maior, a Aerotuy tem aviões de 40 lugares, mas conhecemos gente que foi com ele, e disseram que também dá medo, que parece que vai desmontar.
Aos poucos Caracas vai sumindo e somente o mar lá embaixo é que aparece. De repente, a paisagem muda, o mar começa a adquirir tons azulados, parece uma miragem, mas é o início do arquipélago.




          Ninguém tira os olhos da janelinha. A gente não sabe se tira fotos, se filma ou se fica simplesmente olhando para aquela paisagem. De cima, muitas tonalidades de azul, muitas ilhas, tudo maravilhoso.
Por volta das 10:00 horas, aterrissamos em Los Roques.




          O aeroporto fica bem ao lado do cais de onde os barcos saem para os passeios. Havia lido muito sobre a ilha de Gran Roque, que não era bonita, que não tinha praia, mas aquele mar já me encantou na chegada, fiquei pensando, se isto era feio, então eu não conseguia imaginar o que seria bonito.



Na chegada



Descendo do teco



          Logo na chegada, fomos encaminhados para o pagamento da entrada do Parque Nacional, cuja taxa é de 180 BsF por pessoa. O pessoal da Guaripete, já estava nos esperando e prontamente pegaram nossas malas para levar até a pousada. Percorremos a pé, uma distância de aproximadamente 500m.